Resgate

Marinha retoma buscas pelo pesqueiro que desapareceu em Rio Grande

Embarcação Dom Manuel XVI foi vista pela última vez na madrugada de sexta-feira; baixa visibilidade e nebulosidade atrapalham os trabalhos

Infocenter -

Atualizada às 9h10min de segunda-feira para acréscimo de informações

As buscas pelo barco de pesca Dom Manuel XVI continuam em Rio Grande. A Marinha retomou nesta segunda (14) os trabalhos para tentar encontrar a embarcação e os sete tripulantes, desaparecidos desde a madrugada da última sexta-feira. Os trabalhos são dificultados pela chuva e pela grande nebulosidade.

De acordo com a assessoria da Marinha, a principal atuação é com o Navio-Patrulha Benevente. Além disso, fuzileiros percorrem o mar desde a Barra até 15 quilômetros depois do Farol do Albardão. Os helicópteros que auxiliam na procura - um da Marinha e um da Força Aérea Brasileira (FAB) tiveram dificuldades durante o final de semana, em função da baixa visibilidade. O mar agitado também é um obstáculo na ação conjunta.

As buscas em alto-mar foram concentradas em uma área que vai do navio Altair, ponto turístico da praia do Cassino, até a Praia do Mar Grosso, em São José do Norte. A Brigada Militar do município fez uma varredura pela costa da praia na manhã deste domingo, mas interrompeu os trabalhos após ter problemas com a viatura.

A embarcação foi vista pela última vez na madrugada de sexta, quando o barco de pesca que atuava em conjunto, Dom Manuel XV, perdeu contato visual. Até o momento, não há nenhuma notícia sobre os sete tripulantes.

Família
O Dom Manuel XVI é registrado em Laguna, Santa Catarina, mas toda a tripulação é de Rio Grande. Familiares de alguns dos pescadores desaparecidos se reuniram na cidade à espera de notícias.

Jaci Manoel dos Santos, mestre do Dom Manuel XV, está em casa acompanhando o trabalho das buscas pelo irmão, Alcioni Manoel dos Santos, mestre do pesqueiro que sumiu. De acordo a sobrinha dos dois, Gisele dos Santos, a esperança de encontrar o tio com vida praticamente não existe. "Se o barco estivesse à deriva alguém teria acionado o botão de emergência. Nenhum celular funciona. Estão totalmente sem contato. Acreditamos que a embarcação foi ao fundo."

Gisele aponta que a maior dificuldade para encontrar o pesqueiro é a falta de um sonar no navio Benevente. "É inadmissível que a Marinha não tenha enviado um navio com o equipamento. Amanhã [segunda], quando o tempo melhorar, meus tios vão sair em busca do barco e é muito possível que encontem, já que nos barcos de pesca deles têm sonar. Queremos pelo menos encontrar logo os corpos para acabar com essa angústia. Somos uma família de pescadores e isso nunca aconteceu antes."

O sonar é um instrumento muito utilizado na navegação, na pesca e no estudo e pesquisa dos oceanos. Ele realiza leituras submersas. De acordo com a comandante Jaira Ruas, do 5º Distrito Naval, o Benevente trabalha com busca visual e por radar. "O sonar serve para detectar o que está submerso, como submarinos ou o próprio relevo. E não é o caso. Nós estamos buscando vida", explica.

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